
Há restos da memória que teimam em rasgar os meus dias
e que inundam as noites quentes deste verão já tardio.
Cada instante, cada cheiro, cada cor
invadem, como vagas impossíveis de deter,
o mar cinza que às vezes toma o meu olhar
Pudesse apagar cheiros, cor e prazer dos abraços
dados...
Pudesse cerrar os olhos até ser madrugada outra vez, e
ao abri-los, voltar a ver o contorno estendido do teu corpo
mesmo aqui junto a estas mãos
que foram tuas...
(foto: Jaro Halas)
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